Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.
Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.
A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos.
Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:
- Pele branca;
- Histórico familiar de osteoporose;
- Vida sedentária;
- Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D;
- Fumo ou bebida em excesso;
- Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina;
- Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.
Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o pulso e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso.
É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Sintomas
Além das fraturas nos ossos e quedas, a perda de massa óssea pode provocar os seguintes sintomas:
- Dor crônica;
- Deformidades;
- Perda de qualidade de vida e/ou desenvolvimento de outras doenças, como pneumonia;
- Encolhimento;
- Fraturas nas vértebras, provocando problemas gastrintestinais e respiratórios.
As fraturas de quadril podem levar à imobilização da paciente, e requerer cuidados de enfermagem por longo prazo.
Diagnósticos
Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis.
O principal método para diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral do osso da coluna lombar e no fêmur.
O resultado divide-se em três classificações: normal, osteopenia e osteoporose.
Exames
Problema comum nas mulheres após a menopausa, a osteoporose consiste na redução da massa dos ossos, com alterações em sua microestrutura. Essa doença torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências. Entretanto, a osteoporose é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, evolui sem sintomas. Mantendo acompanhamento médico regular, é possível identificá-la e iniciar o tratamento o quanto antes.
Densitometria de massa óssea (DMO)
O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria de massa óssea. A medida da massa óssea permite determinar o risco da paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento. Também possibilita avaliar as mudanças na massa óssea com o tempo. O exame é realizado por técnica de DEXA – sigla em inglês para absorciometria por raio X com dupla energia.
O diagnóstico da osteoporose é realizado por meio da avaliação dos antecedentes pessoais da paciente, da avaliação da densidade da coluna lombar e do fêmur proximal, colo femoral e/ou fêmur total e antebraço, segundo os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A densitometria óssea vai refletir a situação atual da paciente, sendo necessário fazer comparações com exames anteriores para identificar o ganho ou a perda de massa óssea, identificando a evolução da doença ou a eficácia do tratamento. O intervalo entre os exames é definido pelo próprio médico, que leva em conta diversos critérios, como sexo e idade do paciente, a precisão da tecnologia empregada, entre outros. Em geral, são recomendados exames com intervalo mínimo de um a dois anos.
As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para:
– Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas;
– Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas:
a. uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos);
b. magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2;
c. pais com história de fratura no quadril;
d. artrite reumatoide;
e. fumantes atuais;
f. ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)
Existem também outras indicações para a solicitação de exames de pesquisa de osteoporose, se você está próximo ou já entrou na menopausa procure seu médico.
Prevenção
A prevenção da osteoporose é feita adotando-se hábitos saudáveis ao longo da vida. É preciso redobrar a atenção após a menopausa, já que a queda dos níveis do hormônio estrógeno acelera o processo de perda de densidade óssea, demandando maiores cuidados para prevenir a doença.
Acredita-se que cerca de um terço das mulheres brasileiras na pós-menopausa desenvolvem a osteoporose. Apesar disso, 80% das mulheres em idade adulta no nosso país desconhecem a relação entre a menopausa e o aumento dos índices dessa doença, que pode causar fraturas e diminuir muito a qualidade de vida da paciente. Dessa forma, é preciso estar informada para os desafios que envolvem a chegada dessa fase: cuidar da saúde ao longo da vida, e ajustar os hábitos nos momentos em que o corpo pedir maiores cautelas.
Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e também com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades.
Por outro lado, cuidar da alimentação também pode fazer a diferença na prevenção da osteoporose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250mg de cálcio), um copo de iogurte (300mg) e uma fatia de queijo (300mg).
Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos. Num país tropical como o Brasil, tomar sol não é problema – ao sair às ruas para realizar as tarefas diárias, já estamos proporcionando à nossa pele as condições necessárias para produzir vitamina D. Dessa forma, é importante que as pessoas da terceira idade mantenham-se ativas, caminhando ao ar livre e repondo o cálcio através da alimentação e suplementos, quando indicado pelo médico.